* Teatro del Lago, Frutillar, Chile, 2012, com o grupo Terra Sonora
Nasci em 1962, na cidade de Curitiba,
Paraná, Brasil.
Entendi bem cedo na vida que
cantar serviria como “abrição de portas”. Minha avó materna e um tio foram
cantores líricos anônimos. Meu imaginário guardou a informação, embora eu nunca
os tenha ouvido cantar, sequer no chuveiro. Nunca tocou um disco de ópera nas
casas da família Barbosa e Guariente pelas quais passei. Tocou rádio. A “Ouro
Verde”. A “Bandeirantes de São Paulo”.
Brincadeiras de cantar,
parodiando os programas de auditório, eram uma constante em minha infância.
Fazia duetos com meu irmão, montava as apresentações para o natal com a
criançada da família.
Nas escolas públicas de ensino
fundamental que freqüentei, havia muita motivação para cantar. Nos brincos, nas
aulas, nas comemorações. Uma tia, professora de ginástica rítmica, e a
professora da quarta série em Rolândia-Pr, direcionaram o foco.
Comecei a estudar canto aos 14
anos, no Coral do Colégio Estadual do Paraná.
Entrei em contato com o canto
lírico, fui para a Escola de Música e Belas Artes do Paraná e acabei tomando o
barco da Faculdade de Educação Musical do Paraná, que me deu as bases para
ensinar os fundamentos da música. Graduei-me em Educação Artística,
com Habilitação em Música.
Mesmo que eu quisesse sair do
prumo, insistindo em vestibulares para medicina, os corais e grupos vocais
estiveram em minha jornada todo tempo, por iniciativa própria – O Grupo
Caradápio, o Sala 15, o Vaivemgiralua, o SegundaSabado, além de convites de
trabalho - Coral Champagnat, Coral do CEIC, Coral da APP, Grupo de MPB da UFPR.
Fiz Especialização em Fundamentos
estéticos para a Arte-Educação.
Eu, cantora, fui ao fosso do
Guairão pela primeira vez em 1992. Eu cantava ao vivo a trilha sonora da peça O
Carrasco do Sol, Direção de Oraci Gemba e Direção Musical de Cristina Beduschi.
Em 1993 voltei para fazer, também ao vivo, de terça a domingo, a Via Crucis, de
Oraci Gemba e o Cerco da Lapa, do mesmo diretor.
Vários convites vieram depois dessa
experiência, para trilhas de teatro e participação em CDs de compositores
paranaenses – Iso Fischer, Etel Frota, Lydio Roberto. Márcio Juliano.
Encontrei o músico Plínio Silva
num corredor de Oficina de Música em 1995 e pergunte-lhe por que não havia
vozes no Grupo Terra Sonora. Em 1996 ele me deu um K7 com vários temas étnicos
e disse: transcreva a fonética e venha fazer um ensaio. Fui. E participei,
desde então, da gravação de seis CDs. Desse projeto derivaram o Grupo Bayaka,
do qual fiz Direção Vocal e gravação de quatro CDs (um autoral, com minha
primeira composição e arranjo divulgados) e o Grupo Omundô, com o qual
permaneci até 2012.
Por trabalhar desde 1988 na
Faculdade de Artes do Paraná e de 1995 a 2000 no Conservatório de Musica Popular
Brasileira de Curitiba, estive sempre cantando e tocando com meus alunos.
Montei dois shows solo, realizados no Teatro Paiol e Sesc da Esquina em 2005 e
2007 – “A poesia ou o amor, é o mesmo” e “Argonautas”. Também em 2007, em parceria com Gilson Hack e Clyca Silveira, compus a opereta "Eles não sabem da Opera a metade".
Fiz Mestrado em Música pela
Universidade Federal do Paraná.
Em 2011 eu dava aulas para uma
turma de licenciatura em música da FAP e encontrei o músico Fábio Laskavski.
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