quarta-feira, 30 de agosto de 2017

mecenas





Queridos alunos. Quando se pleiteia um projeto de lei de incentivo, o trabalho deve estar pronto. O show deve estar montado, repertório escolhido, forma de fazer, músicos envolvidos, quem vai produzir, orçamento - em especial orçamento. Não há, como em alguns lugares, dinheiro de lugar algum, a não ser do próprio bolso, para construir o processo. Isso sugere que vocês tenham um capital inicial. Vocês investem no trabalho, fazem as bases. E então saem em busca desses oferecimentos apoiados por leis de incentivo à cultura. É bem interessante que vocês se especializem, o quanto antes, em gestão de negócios, ou se engajem em uma companhia cuja gestão seja sólida, inteligente e legítima. 
Aí é pensar: as leis são nossos mecenas? Tem como montar nossos trabalhos a partir de bilheterias, uma vez que se espera plateia para nossas empreitadas? Chopin tocava para cem pessoas, Beethoven e Wagner conseguiram públicos maiores. Como lotar estádios, a Pedreira Paulo Leminski, o Guaira, o Positivo? Quem lota esses espaços? Levando que tipo de expressão cultural?
Atentem para o detalhe: estou deixando a palavra Arte fora dessa discussão. Quem somos? Veiculadores de cultura? E sabemos o que é cultura? Para que serve? Há fronteiras entre Cultura e Arte? E a Educação, participa como desse embate? Expressar o que? Por que? Para quem? Onde? Quem quer nos ouvir? Saber o que sentimos? Pensamos? Como agimos? Por hora, são esses comentários que deixarei aqui. Vamos nos falando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário