sexta-feira, 30 de junho de 2017

novos rumos do trabalho musical



Eu já tinha trabalhado com Levi antes, em 2005,
 ele cantor do grupo Bayaka, eu preparadora vocal. 


O tempo passou.
Reencontro.

Iniciamos nossa parceria em 2015, Levi e eu, quando do Projeto Acalantos de Além-Mar. Vale dizer que eu andava desejosa de "ir bordar  na beira do mar", deixar de vez o gosto da madeira dos teatros, sossegar os ouvidos. Descobri, aproximando-me de Levi, que ainda tinha forças "para mais meia hora" como querem os chineses, potencial criativo para construir arranjos, conceber o espetáculo e ainda ofertar algumas orientações às "Três meninas" desse Brasilzão que interpretam o Acalantos.

                                 
  Acalantos de Além mar, Espetáculo produzido em 2015 pela Parabolé: Educação e Cultura.
  Direção de Liane Guariente e Levi Brandão.

Levi apresentou-me às câmeras.
Material didático confeccionado para veiculação do Projeto Acalantos de Além-Mar, com quinze episódios. Direção Levi Brandão. Equipe de filmagem dirigida por Lucas Rachinski


Os encontros do Acalantos puxaram outras preferências entre mim e Levi e no dia 5 de setembro de 2015 fui convidada a uma festa portuguesa em casa da Família Brandão Diniz. Pude experimentar um sonho acalentado há muito, cantar música lusa, o fado. Na festa, 'as irmãs' recitaram poemas de uma matriarca, Maria Romariz. Os versos simples, puros, cheios de saudosas lembranças de infância passada em Portugal tocaram meu coração. Sempre senti essa nostalgia do chão, da aldeia distante, e Portugal é um símbolo desse desejo de retorno ao lar. Falei a Levi sobre musicar os versos da Romariz.
Em janeiro de 2016 ele me ligou, perguntando se eu faria um presente à tia Lurdes,
compondo as canções de saudade. Em março tínhamos três temas prontos. O Rio Grande do Sul ouviu as canções primeiro. Com esse movimento, algo maior tinha unido nossa conduta profissional. Acertamos, Levi e eu, montar um show de música luso-brasileira, compor novas canções. E foi o que fizemos, os dois, nos meses de julho e agosto de 2016.
Em setembro foi a vez de Campo Largo e Curitiba ouvirem o nascimento de um trabalho terno, despretensioso, de grande responsabilidade afetiva, contudo.

                                       
           Canções de Saudade, 2016, com Levi Brandão; músico convidado Alysson Reinert



Por mais que afirmemos, Levi e eu, não estarmos atados por dependências de qualquer espécie - que bom, nada de alimentar paranóias, criou-se entre nós um tumulto, um turbilhão que nos obrigou a permanecer em contato. Tudo cooperava para dispersarmos. Todas as vezes em que eu precisei esperar, até pelo fim da parceria, escrevi. O diário se chamou Canções de Saudade. Oportunamente transcrevo aqui alguns trechos.
 2017 chegou e,de minha parte,já ia me despedindo das canções, do convívio pungente. Surgiu um convite para cantar em uma casa acolhedora, o Doce de Cidra. Remontamos o Canções de Saudade em maio de 2017 e resolvemos convidar Plinio Silva, diretor do Terra Sonora, para tocar conosco Ondas do Mar de Vigo e Capitão Mor, composição de Levi Brandão.
Plinio nos estimulou a inscrever o Canções de Saudade no 50º Semanas Musicales de Frutillar. Chile.
E a história prossegue...


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