terça-feira, 21 de janeiro de 2014

EXERCÍCIOS RESPIRATÓRIOS




Sequencia 1
1:
Escolha e disponha um lugar especifico para seus estudos, ventilado e claro, com poucos objetos, com tapete ou tatame, aquecedor para dias frios, espelho se lhe agradar. Um aparelho que toque musica ambiente será bem vindo.
Trabalhe descalço, com roupas confortáveis.
2:
Caminhe pelo local de estudos, olhando adiante, na linha dos olhos. Sinta seu passo natural, corrija a forma de uso das plantas dos pés. Imagine uma mão amiga apoiando o centro da sua coluna e estimulando suas passadas. Ganhe velocidade naturalmente. Inverta o sentido do passo (trás, frente, lado, peso maior em uma das pernas, variando o peso na planta dos pés). Permita que seu corpo deslize pelo espaço, ancorado em seu tempo individual. Perceba que tempo e esse (onde estou, quem sou, como me sinto aqui e agora). Complete os espaços vazios do local de estudos com seu corpo, ocupe espaços, o maior e o menor. Procure evitar qualquer distração do foco, que é caminhar. Aos poucos, será possível perceber quais músculos estão sendo acionados para preparar e dar sentido ao movimento, por que.
3:
Caminhando, apoie primeiro o dedão, depois o segundo, depois o terceiro, depois o quarto, depois o quinto, acomode a meia ponta da planta do pé, o calcanhar, passe o peso do corpo para este pé e de o passo, repetindo os movimentos com o outro pé que vai tocar o chão. Explore o toque dos dedos, um de cada vez, curta a sensação. Evite qualquer distração do foco, que é caminhar. Sua percepção da sequencia de gestos e da musculatura utilizada na ação vai aumentar com os dias de estudo.
Você lidou com quase todos os 640 músculos do seu corpo. Incluindo os respiratórios. A proposito, você precisou controlar sua respiração por pelo menos duas razões: para não perder o foco e para efetuar os movimentos.
O objetivo é, aos poucos, concluir os exercícios com o máximo de rendimento e o mínimo de esforço.  
4:  
Deite-se de barriga para cima. Joelhos dobrados. Pés afastados, joelhos encostados. Inspire pelo nariz e expire pelo nariz. Encontre o pulso adequado, o seu pulso. Evite distrações (aqui e agora). Alguns recomendam todos os exercícios de olhos abertos (encarando a realidade!). Convido você a fazer, do segundo exercício ate o quinto, de olhos fechados pelo menos uma vez (observação de sua individualidade, introspecção sem virar “ostra” ou “ilha”).
5:
Ainda deitado de barriga para cima, inspire e solte o ar com movimentos curtos, lábios em forma de bico (beijo) usando o fonema S, em 5 pulsos S – S – S – S – S.
Repita o exercício 3 vezes. Descanse entre um movimento e outro. Observe a cada vez, a posição das língua, dentes, lábios, bochechas. Você vai sentir sua face aos poucos, podendo regular os músculos que de fato precisam fazer esforço no movimento.
Faça este treinamento pelo menos duas vezes por dia, uma vez do exercício 5 para o exercício 2 e outra do 2 ao 5. Entenderemos que seu espaço de estudos estará sempre preparado e limpo. Caso precise, monte o espaço a cada vez, não deixa de ser um exercício útil.
Seja fiel a sua percepção. Procure sensações. Estude sensações. Afaste pensamentos quaisquer. Concentre-se na ação estudada. Há um movimento natural e varios anti-naturais, que consomem sua energia e o fazem ter preguiça de prosseguir. Va ao que e certo, eficaz.
Comece treinando por dez minutos num dia (5 e 5), então 14, então 20 e assim por diante. Cada um possui uma necessidade especifica. Quanto mais, e com mais cuidado, e dedicação, mais próximos ficamos de sermos os melhores. Não que outros, melhores que nos mesmos.

Para encontrar o pulso, leia poesia. Leia Pessoa:


Dona Rosa, Dona Rosa,
De que roseira é que vem,
Que não tem senão espinhos
Para quem só lhe quer bem?

Nenhum comentário:

Postar um comentário